A morte de uma das
maiores lideranças indígenas do Maranhão, Eusébio Ka’apor, na
segunda-feira (27), vai deixando o clima extremamente tenso na região
que engloba os municípios de Centro do Guilherme, Santa Luzia do Paruá e
Maranhãozinho.
Pelas informações já
obtidas, Eusébio Ka’apor já estava sendo ameaçado por
madeireiros e até mesmo políticos da região, tudo por conta das terras
indígenas que estavam sendo invadidas em virtude do comércio clandestino
de madeira nobre.
Eusébio foi vítima de
dois tiros nas costas, numa emboscada na localidade Pedro, entre os
municípios de Centro do Guilherme e Santa Luzia do Paruá. O conflito já
vinha se arrastando há pelo menos quatro anos, tanto que o assunto já
foi destaque na imprensa nacional.
No entanto, desde o
início do ano, o clima foi ficando mais tenso, tanto que em janeiro, uma
reunião foi realizada na cidade de Santa Inês, com a presença inclusive
do secretário de Direitos Humanos do Maranhão, Chico Gonçalves. Naquela
oportunidade, Eusébio Ka’apor informou que estava sendo ameaçado e que
se não recebesse proteção seria morto, como de fato aconteceu nesta
semana.
Após o assassinato de
Eusébio, o clima ficou ainda mais tenso e na tribo indígena a revolta é
geral, muitos temem por um conflito.
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