O novo prefeito de Santa Inês, Ednaldo Alves Lima, o Dino Alves (PT),
que foi empossado quinta-feira (18), vai decretar estado de emergência
no município, diante do colapso financeiro encontrado na Prefeitura.
Segundo ele, não há dinheiro em caixa sequer para pagar os salários de
janeiro do funcionalismo público e faltam ainda alimentos, medicamentos e
outros itens nos hospitais municipais.
O prefeito disse que foi surpreendido quando, após regularizar sua
situação junto ao sistema financeiro, tentou fazer o repasse mensal para
a Câmara de Vereadores e não encontrou um centavo em nenhuma das contas
da prefeitura. E o mais grave: R$ 107 mil foram transferidos para a
conta de uma empresa, no mesmo dia em que foi empossado, ou seja, quando
Ribamar Alves já não era mais prefeito.
Ednaldo Lima disse que já orientou sua assessoria jurídica para tomar
as medidas legais contra aqueles que dilapidaram o dinheiro público e
os que fizeram as transferências indevidas, já que um novo prefeito
estava investido no cargo e sequer tomou conhecimento da transação.
O prefeito disse que ficou chocado com a situação em que se encontram
os hospitais e os postos de saúde, pois faltam alimentos e remédios
para os pacientes, bem como oxigênio e outros itens fundamentais para o
bom funcionamento de uma casa de saúde. Há falta também de merenda
escolar para as crianças da rede municipal.
Todos os secretários já foram orientados a fazer levantamentos da
situação em suas pastas se encontram para que sejam tomadas as medidas
necessárias com vistas ao funcionamento da máquina pública.
Para o novo prefeito, outra situação grave vai ser a do funcionalismo
público, pois ele adianta que não dispõe de recursos para honrar os
salários de janeiro, a menos que haja um socorro financeiro. Ele diz
também que não tem dinheiro para custeio, compra de material, e se for
depender de licitação os problemas tendem a se agravar mais ainda, daí
porque necessita do estado de emergência para tomar as medidas mais
urgentes.
O ex-prefeito Ribamar Alves está afastado das funções desde o dia 29
de janeiro quando foi preso acusado de praticar estupro contra uma jovem
de 18 anos. Ele se encontra recolhido no Complexo Penitenciário de
Pedrinhas desde esta data, mas somente no dia 15 deste mês a Câmara
Municipal se pronunciou sobre o assunto, quando lhe concedeu uma licença
de 30 dias, mas não empossou o vice.
Por determinação judicial, Ednaldo Lima foi empossado na quinta-feira
(18), ou seja, durante todo esse período o município ficou sem um
gestor e os secretários recebendo ordens de dentro do presídio onde o
ex-prefeito está recolhido.
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