A determinação do ministro Teori
Zavascki do Supremo Tribunal Federal (STF) anunciada na manhã desta
quinta-feira (5) em afastar do mandato de deputado federal, e
consequentemente da presidência da Câmara, o peemedebista Eduardo Cunha,
caiu como uma bomba em Brasília e acabou favorecendo o vice-presidente
da Casa, Waldir Maranhão (PP).
Mesmo sendo aliado de Cunha e réu nas
investigações da Operação Lava Jato, a partir de agora, o parlamentar
maranhense assume interinamente o comando da Câmara dos Deputados.
Eleito vice-presidente da Casa em
fevereiro do ano passado, Waldir foi apontado pelo doleiro Alberto
Youssef – condenado por lavagem de dinheiro e outros crimes – como um
dos deputados que recebeu dinheiro através da empresa GFD, usada por
Youssef para distribuir propina. Ele também é investigado em outros
inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) acusado de lavagem de
dinheiro, ocultação de bens, direitos ou valores.
Mesmo investigado e tendo dito ‘Não’ ao
processo de impeachment de Dilma Rousseff, Waldir Maranhão pode acabar
ocupando a cadeira da Presidência da República, caso se efetive na
presidência da Câmara, pois desta forma, torna-se então, o primeiro na
linha sucessória de Michel Temer que deve assumir o comando do país. A
Constituição prevê que o chefe da Câmara passe a ocupar o cargo nos
momentos em que o presidente viajar para cumprir agenda internacional.
Portanto, Waldir poderá ser o terceiro maranhense a ocupar, ainda que interinamente, o cargo de Presidente do Brasil.
Mas por outro lado possa ser que também como Waldir Maranhão é investigado na operação Lava Jato e é bem
provável que até julho a Câmara promova uma nova eleição, devolvendo o
cargo para a bancada do PMDB.
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